PERDENDO PASSOS,
ENCONTRANDO CAMINHOS.
Em meus passos incertos
percebo as ausências do teu olhar, mar... Amar.
Destino é não olhar para trás,
que traz novas asas a cada dia; Caminhar.
Caminhando atormentando
pela urgência de menino, maduro se tornar... Apodrecendo sonhos.
Dor que as pedras
provocam, ditando caminhos, outros saberes...
Outros momentos que
retornam; amores que adormecem a cada manhã, sabores...
Nas manhas de uma nova
manhã, percebendo a falta que a falta faz... De mim, de ti, de nós, outros...
Outra vez, sem ser de
novo, demovo as correntes do esperado. Inventamos felicidades.
La fora a vida clama o
pulsar do teu coração, alimentando o meu respirar. Transpirações...
Vem com toda a presa do
caminho, denuncie todas as suas intensas intensões através dos teus silêncios.
Aproxime-se devagar,
suspire este que me dás, exaurindo todo o teu controle; simplesmente seja
mulher...
E derrama-se em mim, com
todas as suas imaginações desconexas...
Acaso os sonhos, não são
intensamente rabiscados pelos futuros absurdos,
E a nova estação não é
feita para esperar, somente embarcar, viver afins...
Sim estes são os absurdos
dos surdos dos sentidos; ocultos, que revelam existências e grilhões...
Romperemos com tudo isto e
aquilo também... Meu bem,
tatuemos amor em cada gesto de busca nestes nossos encontros.
Que nos percamos nestes
descompassos desta cadencia de êxtases compartilhando quereres.
A tristeza nunca é do
outro, alheia a natureza de Ser, quase convencendo a felicidade de apagar o
sorriso que brota... Quase tudo eu quero te dizer...
Experiência que nunca se
tornará noticias segredos em meio a sons de bandolins, nos jardins de
alecrins...
A solidão nunca é fruto de
estar sozinho; desunião do que eram dois caminhos antes convergentes... Convertendo-nos
em gente.
Existe tanto para eu te
dar, tenho todos os presentes neste momento de ser e existir... Nós...
Sem nunca te pedir que me
dês daquilo que te sobras, mas que se entregue totalmente naquilo que te tocas,
caricias que faço ao te despertar.
Sim é verdade que nossas
asas estão rotas, mas vem, vem depressa, para que eu te ensine a caminhar e tu
me dês a vontade de querer voltar a voar contigo além mar... Amar
Agora somente sinto
recordações... Saudades do teu olhar queimando a minha alma de tanto amar. Este
amar é um ato consciente e delirantemente racional...
Perdemos passos,
encontramos caminhos... Colorimos alegrias, buscamos o outro, o tu além de mim.
Perdemos caminhos,
encontramos passos. Encontrei a ti minha amada esposa.
(Perdendo
Passos, Encontrando Caminhos – Autor: Lúcio Alex. Belmonte – 2015).
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