O SILÊNCIO
Quis escrever
algo urgentemente; algo latente em minhas veias, que me arrastava moldando meus
sonhos em papeis, todavia não escritos...
Queria dizer
dos meus segredos, ou melhor, dos teus segredos comigo. Destes seus segredos que
são como os silêncios que temos saudades, estes que nos tocam sem deixarem
marcas do que já se foi.
Oh! Como é terrível
este tempo, este que transforma a existência em espera...
Acaba com a minha
alma e escraviza o nosso espirito de liberdade...
Sé simplesmente
a consciência do espaço neste tempo, assim eu sussurro a ti.
Nossos
segredos são mais que silêncios, são brilhos que emanam da alegria em nossos
olhares, entreolhares...
Sinto abatido
pela ausência, à carência de energia, desta vitalidade teimosa que quer
novamente continuar os passos...
Lamentável
tortura é a espera, dói à razão, enlouquece a calma e suga o que está por
vir... Ao encontro que tanto se anseia... Depois da ceia.
Complexidade
da falta, que em verdade não existe, porque ainda não se foi, virá...
Impavidamente
formando perguntas com o senso de displicentes respostas.
Lúcio Alex.
Belmonte
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