jueves, 13 de enero de 2022

 

Apaixonando-Te

 

A paixão parece um encontro, mas; busca ainda o é.

Estás na busca, querendo-te completar...

Ainda não inteiro; Não sabe o que é amar.

 

A paixão aproxima, o abismo é percebido; a beira nem tanto.

Identifica no outro o que não se tem, e ao outro emite o que poderia ser.

 

A paixão tanto pode ser o berço do amor, como a sua tumba.

Neste momento de paixão a eternidade é percebida temporal,

Mesmo clamando infinitos; o fim é necessário para seguir...

 

Como eternidade, ela nunca morre, mas nem sempre estará presente. Talvez o abandono chegue, para se saber assim que há algo mais elevado, talvez denominado, cumplicidade.

 

Tudo pode proporcionar amadurecimento e outros tantos, esquecimentos. O importante é saber de teus passos. Encontrar o caminho e deleitar-te com a dor de caminhar.

 

Adotar-te responsável, saber-te de transformações respeitando a essência e princípios. Rumo à cumplicidade se deve construir amizade, em ti, no outro e para com o outro.

 

Saber que os próximos passos se proferem por ser inteiro ser; e consciente de que, compartilhar a existência, ainda mais de fascinante; deve-te ter, ser, inevitável! De sabores únicos! ... 

 

Nestes diálogos em silêncios, ver-te o que vertes, na força que és, propulsora para te querer em ti, no outro, fazer-te presente nas ausências tão próximas, distantes do aconchego cúmplice!

 

Que se cumpra o fato cúmplice de atos, delineando na anatomia em braile dos mistérios, tudo aquilo que tu decidas não revelar; a busca já não é princípio... o encontro o é!

 

(A Filosofia do Diálogo- Lúcio Alex. Belmonte) 13/01/22

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