jueves, 4 de junio de 2015

Mais Curtinha
Mais curtinha é a existência do que a vida;
A vida tem o “mas” e menos mais
A existência tem muito mais e pouco “mas”...
Mas, depende do tom que você der ao seu sorriso.

Sorriso que é sorriso; é um sorriso compartilhado...
Sem muitos mais e tantos outros “mas”
Simplesmente passos, sem muito mais a existência prever...
Deixando para vida lidar com o “mas”, sem as “más” presentes...

Realmente o fim é assim, bem curtinho de tempo, de existência e...
Tem o mais que é infinito enquanto dure; mas o infinito não tem tempo,
O tempo do presente tem mais tempo do que o infinito mais distante.

Escritor Lúcio Alex. Belmonte
03/06/2015  11hs19m
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O Sorriso
Inicia-se deixando a liberdade entre os lábios, alargando a saída e se deixando invadir por uma alegria de lá de dentro, e então...
O sorriso aparece e revela a intensidade do pulsar de este existir.

Cumprimos assim com as três máximas da felicidade:
Nascemos sem decidirmos, vivemos por nossas decisões e morremos sem nos importarmos com quem decide.

Abrir-se para a vida,
Estender-se para com a existência e...
Deixar-se à eternidade.

Escritor Lúcio Alex. Belmonte
03/06/2015  12hs22m
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Sexto Sentido
Tu és o meu marco de chegada, onde me encontro por inteiro, diante da pessoa amada.
Tu nutres os meus olhos com a tua beleza de mulher, entorpece a minha alma no que toca o mundo e a expande no que tocamos do infinito.
O tempo que dispomos em nos unirmos não tem fim, somente um espaço para sentir saudades e nos encontramos sem nunca termos nos deixado ausentes de nós mesmos.
Tenho o teu néctar penetrável em minhas verdades, dissolvendo as mentiras sociais e nos fazendo amantes diante de um sorriso cumplice.
Amamo-nos cada qual a sua intensidade, neste nosso existir por querer-nos amar. Cuidando do tempo que estamos compartilhando passos.
O tempo derrama seus momentos em nós, e deles criamos esperanças, realizações e saudades...
O meu existir se ilumina com os teus silêncios... Encontramo-nos; não dizemos nada, nada mais do que se pode expressar com o olhar.
Posso até descrever a tua ausência, mas é tremendamente indescritível os nossos encontros.
Não somos metade de um, somos o todo de cada um que decidiu plenamente amar o outro.
Neste tempo do agora conjugamos o amor em todos os modos; e docemente feroz, deixamos escritos com nossas letras em anatomias em braile, os segredos revelados à pele, de uma ao outro.
Como um guerreiro que sou, sinto o teu pulso de mulher; encontrando-me em meus segredos...
Afugentas as minhas incertezas e deste modo, recebo o calor do teu sorriso confiante.
- O destino, o nosso destino? Bem, este é o fruto de nossas decisões. O que sei é justamente aquilo que não sabemos, mas que podemos inventar, e assim se tornam momentos a viver...
Emudeço tudo o que sei para desfrutar do seu sexto sentido...
Escritor Lúcio Alex. Belmonte
23/05/2015  08hs30m   ©Direitos autorais protegidos.
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O SILÊNCIO

Quis escrever algo urgentemente; algo latente em minhas veias, que me arrastava moldando meus sonhos em papeis, todavia não escritos...

Queria dizer dos meus segredos, ou melhor, dos teus segredos comigo. Destes seus segredos que são como os silêncios que temos saudades, estes que nos tocam sem deixarem marcas do que já se foi.

Oh! Como é terrível este tempo, este que transforma a existência em espera...
Acaba com a minha alma e escraviza o nosso espirito de liberdade...
Sé simplesmente a consciência do espaço neste tempo, assim eu sussurro a ti.

Nossos segredos são mais que silêncios, são brilhos que emanam da alegria em nossos olhares, entreolhares...

Sinto abatido pela ausência, à carência de energia, desta vitalidade teimosa que quer novamente continuar os passos...

Lamentável tortura é a espera, dói à razão, enlouquece a calma e suga o que está por vir... Ao encontro que tanto se anseia... Depois da ceia.

Complexidade da falta, que em verdade não existe, porque ainda não se foi, virá...
Impavidamente formando perguntas com o senso de displicentes respostas.

Lúcio Alex. Belmonte     
©Direitos autorais protegidos.

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O “QUASE” MORREU
O quase morreu; morreu porque não aconteceu.
Viveu, mas não existiu, não compartilhou com a possibilidade.
Deixou de conquistar à vontade que brotava; numa certeza da caminhada.
Agora, neste agora, já não existe, se foi sem deixar saudades.

O quase não se vestiu com os sabores dos sonhos, não viveu a realidade.
Quase se manteve na sabedoria do silêncio, mas dize: - Eu não posso!...
Teve tanta presa em ir-se, que não deixou pegadas no tempo.
Apesar do tudo, não levou nada que semeou.

Quase sentiu o aroma do eucalipto, mas não teve tempo para tocar a terra.
Contemplou tantas ondas do mar, mas nunca sentiu o seu toque de limites...
Contentou-se com a pérola e não soube nada da dor que a produziu.
Enfim, morreu em vida, sem existir, sem compartilhar, somente olhar...

Tentou correr num dia frio, mas, aqueceu-se trancado em suas memórias.
Não iluminou o seu caminho com passos compartilhados; recusou-se seguir.
O quase até sentiu que tinha potencial para gritar, mas não falou pra ninguém.
O quase nunca aconteceu, não ouviu seus silêncios, não sorria para alguém.

Quase errou; não se perdoou, não disse que precisava de alguém...
Quase sempre, não se via como era diante dos olhos que quem lhe amou.
Amava somente a dor que já não doía, não ensinava a importância do Caminho.
Adormeceu sem se despertar para o momento do existir e compartilhar.
Escritor Lúcio Alex. Belmonte
27/05/2015  11hs11m    ©Direitos autorais protegidos.
escritorluciobelmonte@live.com