martes, 25 de enero de 2022

 

A Ausência tão Presente

Pela janela o silêncio entra numa realidade estonteante. A notícia da ida me traz o conceito de eternidade. O escritor se mortal imortal quando lido e entendido...

Percebo neste silêncio o movimento dos ventos que trocam, agitam e deixam de agitar gentilmente o tempo presente. Nascemos, existimos e morremos...

São sons de tons distantes que descrevem o ato de criação... dando-nos significado independente do emissor, mas como a cadência do movimento das nuvens, deixa o tudo do emissor, para ser a base do receptor.

A experiência toca desde o passado o presente que nos faz compreender passos ao futuro. Recordações...

Cada letra vivida vai determinando uma seqüência que nos dá uma interpretação através da formação da palavra, que emite conceitos que são transformados conforme a realidade do leitor; podendo dar-nos a capacidade de compreensão do emissor e o simples privilégio do receptor criar a partir do que recolhe do emissor/escritor.

Sons de combinações de palavras que expressam tanto a racionalidade e percepção de um indivíduo como a criatividade sendo descrita para com o outro.

Não! Não é uma perda, mas sim uma continuidade com uma ausência momentânea; um dia, provavelmente nos encontremos...

Enquanto isso, vivamos a versão melhor de nós mesmos que ele tanto se dedicou a nos proporcionar.

Que O Eterno conforte familiares e amigos, e que o Escritor Filosofo Professor Olavo de Carvalho esteja desvendando os mistérios do universo.

 

25/01/2022  -  10:38 em algum lugar nesta cratera que denominamos Terra.

Lúcio Alexandre Belmonte

Um aprendiz anônimo

jueves, 13 de enero de 2022

 

Apaixonando-Te

 

A paixão parece um encontro, mas; busca ainda o é.

Estás na busca, querendo-te completar...

Ainda não inteiro; Não sabe o que é amar.

 

A paixão aproxima, o abismo é percebido; a beira nem tanto.

Identifica no outro o que não se tem, e ao outro emite o que poderia ser.

 

A paixão tanto pode ser o berço do amor, como a sua tumba.

Neste momento de paixão a eternidade é percebida temporal,

Mesmo clamando infinitos; o fim é necessário para seguir...

 

Como eternidade, ela nunca morre, mas nem sempre estará presente. Talvez o abandono chegue, para se saber assim que há algo mais elevado, talvez denominado, cumplicidade.

 

Tudo pode proporcionar amadurecimento e outros tantos, esquecimentos. O importante é saber de teus passos. Encontrar o caminho e deleitar-te com a dor de caminhar.

 

Adotar-te responsável, saber-te de transformações respeitando a essência e princípios. Rumo à cumplicidade se deve construir amizade, em ti, no outro e para com o outro.

 

Saber que os próximos passos se proferem por ser inteiro ser; e consciente de que, compartilhar a existência, ainda mais de fascinante; deve-te ter, ser, inevitável! De sabores únicos! ... 

 

Nestes diálogos em silêncios, ver-te o que vertes, na força que és, propulsora para te querer em ti, no outro, fazer-te presente nas ausências tão próximas, distantes do aconchego cúmplice!

 

Que se cumpra o fato cúmplice de atos, delineando na anatomia em braile dos mistérios, tudo aquilo que tu decidas não revelar; a busca já não é princípio... o encontro o é!

 

(A Filosofia do Diálogo- Lúcio Alex. Belmonte) 13/01/22

martes, 11 de enero de 2022

ASAS DEPENADAS

 

ASAS DEPENADAS

Quando menino, em meio a minha liberdade de passos, corria pela fazenda e num destes dias inesperados, vi asas depenadas voando para o telhado.

Era algo surreal, como pode ser que asas pudessem ser depenadas a tal ponto de não ter corpo e nem resguardar a forma, para assim poder voar e safar-se do destino imposto.

Sempre o destino é algo infligido. Sempre! ...

 

Penas de uma ave que sabia voar; poderia ser; foi talvez a confiança absurda da ave ao humano que a deixou sem asas; neste momento somente percebia pensamentos despencando de minha torpe razão... meus sentimentos estavam tão confusos que queria descobrir o tal feitor para poder retribuir-lhe no mesmo tom...

Estava brotando raiva e ao mesmo tempo tingia o meu olhar antes enternecido pela ausência do que poderia ser.... àquelas asas depenadas...

 

Queria tecer sonhos para encobrir aquela realidade cruel que surgia diante de meus passos...

De repente o sino tocou, era a minha avó, chamando a todos para o almoço... Nossa! Como a hora corre! ...

Queria dizer a todos o ocorrido, mas quando passando pela cozinha, vi algo diferente na enorme panela de barro, pensei que poderia ser algo novo, de sabor nunca antes provado.... Um digno mistério a ser desvelado!

É certo que a minha alma estava humedecida com as minhas lágrimas, por saber que uma ave não mais iria voar e ao mesmo tempo, inundava uma tremenda curiosidade para saber do tal novo sabor escondido nas entranhas daquela enorme panela de barro...

 

De pronto, sentado à mesa, com todos; eu ansioso por provar do tal mistério... num momento marcante que surgira, foi-me a realidade de vez... o meu voo de menino, de mil sentimentos confusos, deparara-se com uma evidência incontestável...

Se não fora porque a minha barriga, sabia roncar e clamara-me por alimentar-me de coisas novas, ampliando o meu horizonte gastronômico; da mesa correria; sem parar em busca da minha sensibilidade ofendida...

 

La estava o corpo deliciosamente empapado do caldo dos deuses e com intensão de ganhar-me pelo seu sabor eminente...

As asas se foram voando da minha mente, e o corpo ali presente, tocou-me com o inesperado; uma ave grande, sem asa, asada, com um sabor único que magicamente combinara com legumes, verduras e tonalidades de frutas.

Enfim, degustei a morte, mas em mim estava a esperança de uma certeza que ainda seria reforçada um dia:

- Sim! As asas podem voar sem o corpo; e aquele almoço estava simplesmente divino! Ave!

(As Histórias de um Menino - Lúcio Alex. Belmonte)

jueves, 6 de enero de 2022

 Sexto dia: Não seja a massa, seja O Pizzaiolo

O Pizzaiolo é responsável por fazer a massa, montar, assar as pizzas salgadas ou doces e elaborar novos sabores. Pondere, e forme seguidores pensantes! Informação que se transforma em formação, esta em conhecimento, este em sabedoria.

DOUTRINAÇÃO IDEOLÓGICA NAS ESCOLAS | Conversa Paralela

DOUTRINAÇÃO IDEOLÓGICA NAS ESCOLAS | Conversa Paralela https://youtu.be/88fK1cWLuww

Educação e não doutrinação!
A família, a evolução educadora do individuo, o patriarcado e a sociedade sem estar a mercê das oligarquias políticas.
A educação é de responsabilidade dos pais!

sábado, 1 de enero de 2022

Dia 1- (Livro: Muitos dias – Escritor Lúcio Alex. Belmonte)

 

Dia 1: Somos

 

Somos induzidos a todo o momento à procrastinação; até que o nosso anjo voraz urge com o desespero alucinante de realizações rápidas; privando-nos da sedutora degustação dos processos de criação e ações.

 

Na política clamamos por salvadores de carreira que façam o que temos que fazer; que resolvam sem nos dizerem a verdade... e a verdade necessita de tempo para ser ponderada!

 

No aspecto profissional vamos dilatando esperanças nos fugazes prazos de execução e apresentação.

 

E a nossa individualidade se prestando a valorizar os transtornos dos encontros numas roupagens de compromissos sem o magnífico prazer de se estar por inteiro; esforçando-se a ser o ser que se é na melhor versão de si mesmo, o qual o momento presente proporciona buscas.

 

Numa distopia de valores radicais, iniciamos a fragmentação da verdade, a tal ponto de que nos satisfazemos com mentiras consensuais, aplastando a dor derivada da procrastinação.

 

Num entusiasmo avassalador, intuímos que a verdade é somente o resultado da prática da nossa mais íntima percepção intuitiva. Uma dádiva do tempo!

 

Tudo tem os seus segredos e apoderar-se do processo, resultará em sabedoria e compartindo-a se enraizará em cada um que dela se alimentar.

 

Ouçamos o nosso espírito, propiciando entendimento à nossa alma e colocando-nos de fato à ação.

 

Revela-se por tanto, a mesma importância do som que é o oxigênio da existência do ser humano. Como também, o bater do coração revelando a cada pulsar, os percursos de nossa interpelação; fazendo da nossa presença espiritual à música presente, ressoando até mesmo o aparente silêncio que explicitam as sinapses desveladas da compreensão de nossa intuição.

 

O Ser Humano compõe-se de espiritualidade, alma e corpo.

 

 (Livro: Muitos dias – Escritor Lúcio Alex. Belmonte)

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